Análise de conteúdo de Maria Laura Franco[1] é um breve texto introdutório acerca desta técnica de pesquisa, trazendo esboços das principais questões envolvidas, mas principalmente uma lista de passos relevantes para seu planejamento e aplicação. O objetivo do trabalho é o de apresentar a análise de conteúdo como método que serve também para pesquisa crítica.
O Quê e o Porquê da Crítica Radical
A crítica radical visa mostrar os porquês, a causas de tudo que nos aflige e, assim, indicar soluções. Pretende impedir que o mundo seja conhecido exclusivamente a partir da perspectiva de quem está vencendo, dado que a supremacia daqueles depende, é derivada e sustentada sobre os ombros dos demais, do povo. Por conta disso a crítica não pode ser vazia de conteúdo, nem isenta de método. Pode-se dizer que a crítica é, talvez, a atividade humana mais necessária e urgente.
Resenha: “Explicação e Entendimento”
Resenha do conhecido paper de Frank Keil sobre a relação entre os processos de explicação e entendimento (ou compreensão). O paper trata de relatar como se constrói a compreensão de algo no campo simbólico da linguagem.
Para uma reflexão sobre a governança corporativa*
Dentre os inúmeros modismos na gestão de empresas, a terminologia governança corporativa emerge, sem dúvida, com mais propriedade e estrutura. Fundamentado num fenômeno real, remetendo às questões sobre controle de propriedade das firmas, a qual a teoria gerencialista de Edith Penrose e John Kenneth Galbraith aproveitou para declarar o surgimento de uma nova ordem gerencial tecnocrática, a governança corporativa representa a reação dos proprietários das firmas diante do crescimento do poder das administrações profissionais.
Resenha: “Processos de Transformação da Sociedade e do Estado”
Joachim Hirsch, no texto aqui resenhado — o segundo capítulo de seu livro Teoria Materialista do Estado —, pretende fazer uma reflexão acerca das metamorfoses do Estado no século XX e como estas se relacionam com alterações da própria sociedade.
A barbárie está vencendo: adeus à coletividade!*
Mészáros deixa a pergunta título de seu livro em grande parte sem resposta, como não poderia deixar de ser, pois serão os historiadores do século XXII quem se encontrarão mais aptos a respondê-la (se ainda resistirem alguns). Porém, quando nós, que vivemos nestes tempos tão áridos, olhamos nosso entorno, percebemos não ser possível simplesmente ignorar a clara tendência: parece que, cegos, estamos caminhando em direção ao caos.
O Novo Qualis e a Velha Ciência das Organizações
Depois de anos de atraso, contestações judiciais e um tanto de suspense, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) divulgou o novo Qualis, referente aos anos de 2017 a 2020. Muitas críticas a todo o processo foram levantadas, desde sobre a transparência, passando pelo atraso e, obviamente, à contradição inerente ao se avaliar algo a partir de critérios definidos ex post facto, chegando até o conteúdo do documento. Esse último ponto chamou muito a atenção de campos como administração e economia; é esse particular que eu pretendo problematizar, para tratar um pouco dos porquês da reação.
Resenha: “Política Industrial no Brasil”
O texto de Wilson Suzigan é um daqueles relatos descritivo-críticos sobre economia que são essenciais, ainda que (relativamente) distantes no tempo. Seus insights permanecem fortes, atuais, mesmo 25 anos da publicação, o que diz muito (mal?) do Brasil.
Apelo aos jovens administradores*
Eu não quero depositar sobre vocês um peso maior do que aquele que já suportam. Mas precisamos encarar a verdade de que a responsabilidade pela mudança deverá ser assumida por alguém, pois a maioria está cruzando seus braços ou se concentrando em si mesmos. Faço votos para que este alguém seja o grupo de profissionais que a sociedade escolheu para função de exatamente a levar em direção a seus objetivos maiores. Ou seja, que nós administradores possamos ser algo mais que meros capatazes para controle do trabalho e decidamos começar as transformações reais de que nosso mundo precisa.
Resenha: “Do Fordismo à Acumulação Flexível”
Excerto do livro clássico de David Harvey, "Condição Pós-Moderna", o geógrafo inglês traça uma interpretação das mudanças do capitalismo global a partir do último quartel do século XX.