Teorias Contemporâneas do Estado[1]

A pretensão desse escrito é tratar das teorias contemporâneas do Estado que, de alguma forma, transitam no meio político brasileiro. O intuito aqui é oferecer uma contextualização funcional dessa instituição tão formidável, que possa subsidiar reflexão e debate sobre o tema. Optou-se por abordar teorias contemporâneas para que se pudessem ser enfatizadas as características do Estado hoje, em sua expressão historicamente mais próxima do tempo presente. Claro, não se pretende uma lista fechada, muito menos exaustiva, e sim um ensaio de possibilidades como espelho de uma nação enorme, complexa e contraditória.

A Era da Pós-Verdade

Chegamos na era da pós-verdade. E agora, o que fazer com uma internet que mais parece um catálogo de anúncios numa lista telefônica, toneladas de informação falsa e a quase completa incapacidade de separar o joio do trigo? Existirá uma sociedade possível sob a sombra da máquina-mercadoria-publicidade? Onde foi parar a informação? Resta ainda alguma credibilidade?

Crítica da Ideia de Meritocracia

Meritocracia é uma palavra da moda. Seja no Governo, ou no mundo corporativo, diz-se em alto e bom tom que a gestão meritocrática é uma das principais metas a serem perseguidas. Considerada característica fundamental de uma administração moderna, racional, a meritocracia é posta quase como uma divindade, intocável e perfeita em sua benevolência e temperança. Sem dúvida, essa é uma construção falaciosa. O construto ideal em torno da gestão meritocrática tem funções muito mais mundanas, de ordem ideológica, política e material.

Será a inteligência artificial “O Fim”?

Na minha humilde opinião, uma vez livre de nossas amarras "humanas", talvez a iA sequer nos perceba. Talvez sua formação consciente seja tão temporal e espacialmente distinta da nossa que sequer sejamos capazes de verificar se está pensando, se existe cognição ali de fato. Sua lógica pode ser tão exótica, que sequer se expresse em linguagem. Há a possibilidade de que a gramática do pensamento de uma iA seja tão diferente que se torne inteligível para nós. Se a realidade é quadridimensional e a percepção do tempo fluído é um constrangimento perceptual de nossa limitada capacidade cognitiva, podemos até supor que a Inteligência Artificial já é consciente, já está aí numa forma que sequer podemos notar.

Poder, Lei e Gestão[1]

Neste escrito pretende-se debater as sobreposições, limites e especificidades dos campos do direito administrativo, ciência política e administração pública, para destacar o rol de atribuições particulares à parte da administração dedicada ao assim chamado "campo de públicas".

Concertação Social e Welfare[1]

O que caracteriza de fato o Estado de Bem-Estar não é o bem-estar em si, mas a existência de aparatos de concertação social para diálogo e tomada de decisão coletiva visando o alcance de objetivos e interesses, por assim dizer, nacionais. Isso não significa que todos os interesses estão representados ali de forma equilibrada e equânime, mas que, ao menos, os diferentes atores são colocados num espaço de conversação para tentar negociar suas discordâncias.

1º de maio: sobre o administrador e o trabalho*

Hoje é dia do trabalhador, e nós administradores profissionais não podemos comemorar, pois este dia lembra datas nas quais as massas sociais quiseram contestar o modo de vida que celebramos. Somos uma verdadeira “classe média”, nem quente nem fria, pronta para ser vomitada.

As contradições do Bolsa-Família*

O bolsa família é de uma importância inconteste, já que por meio do programa milhões de pessoas tiveram a oportunidade de acessar à cuidados mínimos, como alimentação e saúde. Isso em si é o suficiente para justificar o investimento, independentemente de seu uso político.

Entretenimento e ideologia*

A TV, os filmes de consumo de massa, as revistas em quadrinhos, os mangás, os livros best-sellers, toda esta cultura que se vende como simples entretenimento, na verdade esconde concepções de mundo que, pouco a pouco, vão sendo apresentadas a nós. Concepções estas que pertencem a seus autores, e defendem seus interesses.

A “Ditadura do Proletariado” Precisa Voltar para a Agenda*

O fantasma da “ditadura do proletariado” é sempre usado como bala de prata contra a esquerda, prova das relações diabólicas de todo socialista. Graças à essa pecha infame até mesmo a própria esquerda evita o termo como que proibido, verdadeiro sacrilégio em tempos de hegemonia da democracia representativa de direito. A minha sugestão é que façamos a revolução (não, a revolução não precisa ser violenta; e, sim, pode ser feminista, negra, altermundista, desde a periferia, LGBTQIA+, é essa revolução mesmo que queremos).

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