Em minha opinião, a terminologia "cibercultura" proposta pelo filósofo francês Pierre Lèvy tem uma grande vantagem em relação à ideia de uma "cultura digital", esta última tão disseminada hoje em dia. Para muito além de mera semântica. O que parece uma novidade, o "digital", na perspectiva ventilada por Lèvy toma a forma de estágio, uma modalidade particular de manifestação de um processo social mais amplo e antigo, o campo simbolico de interação comunicacional e da informação. Falar de uma "cultura digital" é, ao mesmo tempo, limitado e potencialmente datado, haja vista o fato de que o "digital" caminha para ser superado.