1º de maio: sobre o administrador e o trabalho*

Hoje é dia do trabalhador, e nós administradores profissionais não podemos comemorar, pois este dia lembra datas nas quais as massas sociais quiseram contestar o modo de vida que celebramos. Somos uma verdadeira “classe média”, nem quente nem fria, pronta para ser vomitada.

As contradições do Bolsa-Família*

O bolsa família é de uma importância inconteste, já que por meio do programa milhões de pessoas tiveram a oportunidade de acessar à cuidados mínimos, como alimentação e saúde. Isso em si é o suficiente para justificar o investimento, independentemente de seu uso político.

Da Ingerência ao Golpe, notas de 2016

Em meio à discussão sobre a possibilidade (nefasta) da volta dos golpistas, convém analisar alguns dos porquês que levaram à derrubada da primeira presidenta mulher do Brasil em 2016. Em minha opinião, existem três fatores macrogerenciais que, se não explicam aquele golpe, ilustram aspectos práticos de sua ocorrência: taxa de juros, disputa pelo pré-sal e as jornadas de 2013. Em suma, a ganância levou ao golpe...

A “Ditadura do Proletariado” Precisa Voltar para a Agenda*

O fantasma da “ditadura do proletariado” é sempre usado como bala de prata contra a esquerda, prova das relações diabólicas de todo socialista. Graças à essa pecha infame até mesmo a própria esquerda evita o termo como que proibido, verdadeiro sacrilégio em tempos de hegemonia da democracia representativa de direito. A minha sugestão é que façamos a revolução (não, a revolução não precisa ser violenta; e, sim, pode ser feminista, negra, altermundista, desde a periferia, LGBTQIA+, é essa revolução mesmo que queremos).

Resenha: “Na Hora da Crítica”

O principal objetivo que Valérie Fournier e Chris Grey[2] perseguem no texto aqui resenhado é o de fazer uma reflexão acerca do que se convencionou chamar de Estudos Críticos da Gestão, ECG: trabalhos propostos para abordar a organização e os estudos organizacionais a partir de uma perspectiva crítica.

As Diferenças entre as Escolas Descritivas e Prescritivas da Estratégia [*]

Nesse texto com fins didáticos, comparo as escolas prescritivas e descritivas da estratégia, tomando por base o trabalho de Mintzberg, Ahlstrand e Lampel. Concluo que, embora os pesquisadores associados às escolas descritivas da estratégia apresentem um maior grau de refinamento intelectual, quando comparados àqueles relacionados às escolas prescritivas, não deixam de fazer parte da parcela positivista dos estudos organizacionais.

Gestão, alguns apontamentos adicionais

Pode-se dizer que a gestão é uma atividade produtiva relacional, que deriva da necessidade humana de garantir sua sobrevivência por meio do trabalho. Porém, a gestão desenvolvida sob a ótica capitalista não procura atingir os objetivos e expectativas das sociedades, por princípio de natureza, ontologicamente.

Os Porquês da Escaramuça contra a Estabilidade dos Servidores Públicos

Vira e mexe os tais reformistas do Estado — os impolutos e virtuosos defensores da eficiência — voltam sua atenção contra a estabilidade dxs servidorxs públicos. O argumento normalmente gira em torno de uma lógica simples: a estabilidade causaria ineficiência, pois não haveria um incentivo forte para com o qual os trabalhadorxs se comprometam, mantendo níveis sub-ótimos de produtividade. Assim, extinguir a estabilidade dos servidores contribuiria para um Estado melhor, mais eficiente e justo. Todo esse argumento é falacioso, em muitas camadas. Vamos desvelar os problemas?

As Escolas Prescritivas da Estratégia, uma Crítica

Foco na performática utilitarista, universalismo simplista, autossuficiência pueril, assim como a arrogância metodológica subjacente, são características marcantes das escolas prescritivas de estratégia. Não é por acaso que o mundo da empresa se firma sobre muitas das premissas e pressupostos compartilhados por essas escolas de pensamento. São, de fato, a imagem e a semelhança da presença global norte-americana no século XX.

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