Necropolítica, Superexploração e Neomalthusianismo

A lógica por trás das reformas neoliberais é a redução populacional por recurso indireto e covarde que, além de tudo, tenta transferir responsabilidade para a própria classe trabalhadora. A única escolha possível do trabalhador "livre" é se deixar explorar ao extremo, no limite de suas forças, por uma remuneração menor do que o suficiente. Assim, o Capital gerencia o genocídio silencioso do abandono, não numa câmara de gás, mas numa estufa de rancor e ódio. Em outras palavras, superexploração, neomalthusianismo e necropolítica.

Crítica da Lei de Responsabilidade Fiscal

A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), promulgada com o objetivo de estabelecer limites para os dispêndios realizados pelo Estado parte da premissa de que as limitações de despesa de pessoal que institui (cf. Art. 19) são capazes de proporcionar eficiência de gestão. Nesse escrito, se estabelece um argumento contrário a esse entendimento. O que se apresenta após uma análise, é que a LRF tem um potencial de, pelo contrário, deprimir eficácia e desarticular a gestão do Estado.

As Forças Armadas e o Golpismo no Brasil

Advogo firmemente que as forças armadas brasileiras têm que deixar de existir. Não simplesmente mudar, trocar nomes, ou pessoas. Não se trata apenas de ser necessário uma reforma, por abrangente que se imagine. Toda a institucionalidade corrupta, hierarquia, normas, procedimentos, pretenso aparato de “justiça militar”, precisa ser simplesmente desmontada, reduzida ao zero. Não há ali o que aproveitar. Dos restos, pode até ser criado um museu, um centro permanente de estudos e pesquisas, para nos lembrar de até onde a idiotice humana pode chegar. Mas, apenas isso e nada mais.

A “Ciência” Econômica que Estressa o Mundo

Esse post foi elaborado como contraponto ao artigo de opinião publicado pelo pesquisador da FGV, Samuel Pessôa, na Folha de São Paulo desse domingo (28/9/2024): "Lula Estressa a Economia". Ali, defende-se, entre outras posições questionáveis, que a valorização do salário mínimo estressaria a economia por ser uma medida inflacionária.

O Estado em Marx

Nesse breve ensaio, o objetivo é o de refletir acerca da concepção marxiana de Estado. Partimos da crítica comumente realizada de que em Marx a instância política seria determinada pela estrutura econômica e, portanto, ensejaria uma noção simplista e superficial de Estado. Na minha opinião, a premissa de que o processo político numa sociedade capitalista seria reflexo das contradições no âmbito das relações sociais de produção não significa, por si só, uma concepção simplista do sistema político.

Teorias Contemporâneas do Estado[1]

A pretensão desse escrito é tratar das teorias contemporâneas do Estado que, de alguma forma, transitam no meio político brasileiro. O intuito aqui é oferecer uma contextualização funcional dessa instituição tão formidável, que possa subsidiar reflexão e debate sobre o tema. Optou-se por abordar teorias contemporâneas para que se pudessem ser enfatizadas as características do Estado hoje, em sua expressão historicamente mais próxima do tempo presente. Claro, não se pretende uma lista fechada, muito menos exaustiva, e sim um ensaio de possibilidades como espelho de uma nação enorme, complexa e contraditória.

Estado, Governança e Administração Pública[1]

Quando somos questionados sobre o conceito de Estado, é comum termos dificuldade em formular precisamente. O Estado é uma instituição (?) enorme, praticamente onipresente, que evoca emoções as mais contraditórias, até mesmo algumas ideias radicais. Se o assunto é como o Estado funciona, as dúvidas persistem, multiplicam-se quiçá. Afinal, que função(ões) tem o Estado? Persegue (ou faz sentido perseguir) uma estratégia? O que é Governo? Onde a governança entre nessa discussão? Do que se trata a administração pública? E, talvez mais importante, como os processos sociais que esses conceitos representam se relacionam entre si?

A Era da Pós-Verdade

Chegamos na era da pós-verdade. E agora, o que fazer com uma internet que mais parece um catálogo de anúncios numa lista telefônica, toneladas de informação falsa e a quase completa incapacidade de separar o joio do trigo? Existirá uma sociedade possível sob a sombra da máquina-mercadoria-publicidade? Onde foi parar a informação? Resta ainda alguma credibilidade?

Crítica da Ideia de Meritocracia

Meritocracia é uma palavra da moda. Seja no Governo, ou no mundo corporativo, diz-se em alto e bom tom que a gestão meritocrática é uma das principais metas a serem perseguidas. Considerada característica fundamental de uma administração moderna, racional, a meritocracia é posta quase como uma divindade, intocável e perfeita em sua benevolência e temperança. Sem dúvida, essa é uma construção falaciosa. O construto ideal em torno da gestão meritocrática tem funções muito mais mundanas, de ordem ideológica, política e material.

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