Primórdios da Reforma do Estado no Brasil[1]

A reforma do Estado no Brasil é um produto da década de 1990. A Nova Administração Pública (NAP) chega aqui tardiamente, mais de 10 anos depois de ter aportado em países como EUA e UK. E, como não poderia deixar de ser, sofre adaptações, avanços e retrocessos típicos daqueles decorrentes de quando se tenta impor uma lógica alienígena à uma sociedade complexa.

A Nova Administração Pública[1]

“Nova Administração Pública” (NAP), “New Public Management” (NPM), “Nova Gestão Pública” (NGP), esses são alguns dos termos normalmente empregados para se referir ao modelo dominante de administração estatal que se tornou hegemônico a partir do último quartel do século XX. Embora a ênfase seja quase sempre dedicada à palavra “nova”, a perspectiva gerencialista da administração pública já se ensaiava em seus fundamentos — Estado mínimo, eficiência e restrição fiscal — em trabalhos de economistas liberais desde meados do século XX. Diante disso, afinal, o que de fato há de “novo” na NAP?

A perspectiva norte-americana de ação pública segundo Woodrow Wilson: Estado, governo e administração

Esse texto analisa a concepção de Woodrow Wilson sobre Estado e Governo, argumentando que sua obra constitui uma inflexão paradigmática no pensamento político e administrativo nos Estados Unidos da América (EUA), à luz das demandas estruturais do capitalismo monopolista que então se formava. Esse trabalho examina os fundamentos teóricos e institucionais da proposta wilsoniana, suas implicações duradouras na política doméstica estadunidense, economia política, relações internacionais e administração pública.

A concepção Weberiana da administração burocrática do Estado capitalista

A administração segundo uma lógica burocrática exerce papel central na sociologia weberiana, sobretudo no que concerne a abordagem do estado capitalista realizada pelo sociológico alemão. O que se compreende por teoria da burocracia em Weber não se assemelha a um modelo organizacional, mas sim aparece como expressão do processo histórico de racionalização. Pedra angular da civilização capitalista, a administração burocrática funciona como a articulação de fatores de produção e tecnologias por intermédio do emprego de métodos científicos. Nesse sentido, na sociologia weberiana a administração burocrática expressa a dinâmica de racionalização em termos de ordenamento das relações sociais sob a égide exclusiva dos objetivos, com implicações políticas, econômicas, organizacionais e mesmo psicossociais.

Eles acreditam mesmo naquilo? Missão, visão e valores como dispositivo discursivo[1]

A função das MVV é performativa: são atos de fala que, ao serem enunciados, produzem a realidade que nomeiam; se não de forma concreta, pelo menos no que concerne a estruturação das relações sociais necessárias para assegurar os interesses e poderes das frações dominantes. As declarações de missão, visão e valores então se constituem como dispositivos de poder que produzem subjetividades, disciplinam comportamentos e substituem a complexidade caótica da vida organizacional por um simulacro limpo, ordenado e, acima de tudo, controlável.

Os Estados Unidos da América são uma ditadura?

Com tudo que uma ditadura pode oferecer(?): polícia política (ICE), dados e informações manipuladas, inimigos imaginários (imigrantes), campos de concentração fora do país para depredar garantias legais de suas vítimas (El Salvador), expurgo de livros e ataques a universidades, genocídio terceirizado (Gaza) e um megalomaníaco autoritário (Trump) para carregar uma culpa que, na verdade, é de oligarcas e de parcelas de uma população entre o atônito e o anestesiado.

Por qual ‘razão’ (?!) o bolsonarismo resiste?

Bolsonaro nos afundou num nível subterrâneo de desgoverno, corrupção e intenções patrimonialistas, do qual enfrentamos até hoje sérias dificuldades de nos erguer. As instituições patinam, figuras públicas tóxicas se multiplicam e a sensação de perene risco coletivo perdura. Mas o bolsonarismo segue relevante, o que me faz questionar o porquê dessa impermeabilidade à crítica. Qual o motivo que Bolsonaro ainda faz tanto sucesso?

Breve trajetória da presidência Bolsonaro…

É lícito dizer que a trajetória de Jair Messias Bolsonaro na presidência da República Federativa do Brasil é de conhecimento geral e comum. Ainda assim, como preâmbulo para discutir os porquês da persistência da base de apoio do ex-presidente, proponho uma brevíssima recapitulação de fatos e destaques. O intuito aqui é ilustrar uma discussão posterior, a ser publicada no blog, sobre a permanência e impermeabilidade do movimento bolsonarista. Antes, precisamos de um pouco de história.

Crônica de um Descenso Anunciado: O Discurso de Trump na ONU

Trump fez um autorretrato delirante, como se fosse um líder global capaz de finalizar guerras, combater corrupção, terrorismo e alcançar a paz. Nenhuma informação transmitida ali era verdadeira, nada fazia o menor sentido. O tal quadro não passou, ao final, de uma sobreposição de garatujas em um estágio muito primário de desenvolvimento.

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