Industria Cultural*

Se a cultura serviu, outrora, para nos distinguir dos outros animais, temo que estejamos conseguindo, rapidamente, nos tornar cada vez mais selvagens, mais desprovidos de cultura. A arte fora algo que celebrava o melhor da humanidade, hoje, em tempos de “créu”, de Rambo e de Big Brother, ela tem celebrado o que há de pior em nós: a capacidade de autodestruição em nome de ganhar mais, consumir mais.

Dopping e a ingerência do esporte*

Acredito que talvez seja um problema, enfim, gestorial. Estamos deixando de lado a obrigação social de administrar um aspecto de nossa sociabilidade que, de certo modo, está se perdendo num lógica que não coaduna com nossos principais interesses, com os interesses da sociedade. Enquanto grupo, estamos deixando nossos heróis se perderem celebrando o que há de pior e mais errado neles, que é o individualismo pragmático.

Entretenimento e ideologia*

A TV, os filmes de consumo de massa, as revistas em quadrinhos, os mangás, os livros best-sellers, toda esta cultura que se vende como simples entretenimento, na verdade esconde concepções de mundo que, pouco a pouco, vão sendo apresentadas a nós. Concepções estas que pertencem a seus autores, e defendem seus interesses.

Resenha: “Na Hora da Crítica”

O principal objetivo que Valérie Fournier e Chris Grey[2] perseguem no texto aqui resenhado é o de fazer uma reflexão acerca do que se convencionou chamar de Estudos Críticos da Gestão, ECG: trabalhos propostos para abordar a organização e os estudos organizacionais a partir de uma perspectiva crítica.

As Diferenças entre as Escolas Descritivas e Prescritivas da Estratégia [*]

Nesse texto com fins didáticos, comparo as escolas prescritivas e descritivas da estratégia, tomando por base o trabalho de Mintzberg, Ahlstrand e Lampel. Concluo que, embora os pesquisadores associados às escolas descritivas da estratégia apresentem um maior grau de refinamento intelectual, quando comparados àqueles relacionados às escolas prescritivas, não deixam de fazer parte da parcela positivista dos estudos organizacionais.

Gestão, alguns apontamentos adicionais

Pode-se dizer que a gestão é uma atividade produtiva relacional, que deriva da necessidade humana de garantir sua sobrevivência por meio do trabalho. Porém, a gestão desenvolvida sob a ótica capitalista não procura atingir os objetivos e expectativas das sociedades, por princípio de natureza, ontologicamente.

Os Porquês da Escaramuça contra a Estabilidade dos Servidores Públicos

Vira e mexe os tais reformistas do Estado — os impolutos e virtuosos defensores da eficiência — voltam sua atenção contra a estabilidade dxs servidorxs públicos. O argumento normalmente gira em torno de uma lógica simples: a estabilidade causaria ineficiência, pois não haveria um incentivo forte para com o qual os trabalhadorxs se comprometam, mantendo níveis sub-ótimos de produtividade. Assim, extinguir a estabilidade dos servidores contribuiria para um Estado melhor, mais eficiente e justo. Todo esse argumento é falacioso, em muitas camadas. Vamos desvelar os problemas?

As Escolas Prescritivas da Estratégia, uma Crítica

Foco na performática utilitarista, universalismo simplista, autossuficiência pueril, assim como a arrogância metodológica subjacente, são características marcantes das escolas prescritivas de estratégia. Não é por acaso que o mundo da empresa se firma sobre muitas das premissas e pressupostos compartilhados por essas escolas de pensamento. São, de fato, a imagem e a semelhança da presença global norte-americana no século XX.

Resenha: “Teorizando com a Grounded Theory”

Esta resenha aborda um trabalho de Barney Glaser sobre sua famosa contribuição para a metodologia científica, a grounded theory. Mais especificamente, o autor trata de como a formulação de conceitos pode auxiliar no surgimento de uma teoria fundamentada, a seu ver  a partir da correta apreensão, tratamento e articulação de padrões sociais provenientes de dados empíricos coletados através de pesquisa.

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