Vira e mexe os tais reformistas do Estado — os impolutos e virtuosos defensores da eficiência — voltam sua atenção contra a estabilidade dxs servidorxs públicos. O argumento normalmente gira em torno de uma lógica simples: a estabilidade causaria ineficiência, pois não haveria um incentivo forte para com o qual os trabalhadorxs se comprometam, mantendo níveis sub-ótimos de produtividade. Assim, extinguir a estabilidade dos servidores contribuiria para um Estado melhor, mais eficiente e justo. Todo esse argumento é falacioso, em muitas camadas. Vamos desvelar os problemas?
A integração “trunca” da América Latina*
As mudanças na integração econômica latino americana seguiram as mudanças na estratégia capitalista para chegar à completa hegemonia mundial. Só nos foi permitido algum nível de desenvolvimento autônomo quando isto interessava aos países centrais. A integração da América Latina no plano internacional foi, e ainda é sem dúvidas, “trunca”, por ter sido sempre submissa e incompleta, como quase tudo do lado de cá do Equador.
A ilusão da ordem e a barbárie dos nossos tempos
Anos atrás, em 2014, a jornalista Rachel Sheherazade publicou defesa de opinião argumentando que a situação de segurança no Brasil é ruim, o governo é inócuo e as instituições de direitos humanos são usadas para proteger os bandidos, enquanto os “cidadãos” seriam deixados de lado. Sua opinião na época, embora generalizadamente disseminada, está envolva em muitos véus de obscura ignorância que precisam ser retirados para que seja possível realizar um debate verdadeiramente eficaz sobre as questões de segurança que acometem a nação. Sobretudo porque se tratam de argumentos que circulam mais ou menos da mesma forma até hoje.
“Não olhe para cima”, um louvor
O que parece uma comédia de erros é, na verdade, um drama de realismo cru e verossimilhança chocante. Não apenas decorrente do brilhantismo dos cineastas, mas sobretudo por causa do fato de que vivemos em uma era de declínio cognitivo coletivo, numa sociedade dominada pelo efêmero e pelo inútil. O cômico e o ridículo da plot doém como um golpe bem dado, porque também são a imagem real de nosso tempo.
Não existe nada mais pernicioso para a sociedade que políticos ávidos por poder, economistas sôfregos em alcançar reconhecimento e capitalistas vorazes pelos lucros. Nossa tragédia está em termos sempre sido governados por pessoas assim.
Prezadxs Colegas, Quero vos convidar para submeter seus trabalhos sobre Estudos Oganizacionais, Administração e Administração Pública, que tenham interfaces com fenômenos e processos internacionais, no Tema 15 da Divisão de Administração Pública (APB) do EnANPAD 2021: Estado, Governança Global e Organizações Supranacionais (EGGOS) Este ano, lidero o tema junto com xs prestigiosxs colegas Maria Elisa... Continuar Lendo →