O texto de Wilson Suzigan é um daqueles relatos descritivo-críticos sobre economia que são essenciais, ainda que (relativamente) distantes no tempo. Seus insights permanecem fortes, atuais, mesmo 25 anos da publicação, o que diz muito (mal?) do Brasil.
Apelo aos jovens administradores*
Eu não quero depositar sobre vocês um peso maior do que aquele que já suportam. Mas precisamos encarar a verdade de que a responsabilidade pela mudança deverá ser assumida por alguém, pois a maioria está cruzando seus braços ou se concentrando em si mesmos. Faço votos para que este alguém seja o grupo de profissionais que a sociedade escolheu para função de exatamente a levar em direção a seus objetivos maiores. Ou seja, que nós administradores possamos ser algo mais que meros capatazes para controle do trabalho e decidamos começar as transformações reais de que nosso mundo precisa.
Resenha: “Do Fordismo à Acumulação Flexível”
Excerto do livro clássico de David Harvey, "Condição Pós-Moderna", o geógrafo inglês traça uma interpretação das mudanças do capitalismo global a partir do último quartel do século XX.
… a Barbárie
Brasília, domingo, dia 8 de janeiro de 2023, depois do meio dia. Uma turba invade a Praça dos Três Poderes para destruir, depredar e desgraçar. A despeito dos resultados, punições e consequências (Oxalá eu esteja errado), seu principal intento me parece que foi alcançado: afundar uma cunha infectada na ferida que divide o país. A ver se haverá país no meio dos escombros.
Uma semana depois…
Uma semana depois, o domingo começava em misto de esperança pelos quatro anos que vem, junto com essa nossa preocupação do planejar. Fazia uma semana da maior festa democracia brasileira (nos últimos tempos). Assim, ente lâmina de barbear, café da manhã e planos, tudo parecia plácido. Eu havia esquecido o quão sádico é o roteirista de nossa história...
Resenha: “O Tempo do Mundo”
Nesse texto resenhado, Fernand Braudel apresenta alguns dos conceitos fundamentais de sua contribuição teórica mais conhecida, a ideia de economia-mundo.
Os estertores do mundo como o conhecíamos*
Muito tem sido dito nos últimos meses sobre a crise financeira que abala as finanças mundiais. Houve aqueles que escreveram epitáfios definitivos para o capitalismo, assim como os que apontaram o “Tio Sam” como o grande salvador de nossas (?) almas. Mas a verdade é que do meio do choro e ranger de dentes emerge um mundo exatamente como o de antes: pobreza em crescimento, riqueza em concentração e o Estado pronto para assegurar que tudo se mantenha neste ritmo.
Resenha: “o materialismo histórico e as relações internacionais”
Nessa resenha, o capítulo do livro já bastante conhecido de Fred Halliday no meio das RI é o foco. O autor tece uma reflexão sobre como o marxismo (materialismo dialético) por ser integrado ao campo das RI. Sobre essa perspectiva, teço uma crítica.
A riqueza e seus segredos*
Recentemente tive a oportunidade de assistir um interlocutor que versava sobre finanças individuais e, dentre seus muitos insights, o palestrante afirmou que um de seus “segredos para o sucesso” é conhecer e copiar o comportamento de pessoas bem sucedidas. Seria reproduzindo a forma de agir de empreendedores badalados que se poderia encontrar maneiras de orientar nossas próprias ações. Como exemplo, ele afirmou que se espelhava muito no então homem mais rico do Brasil, Eike Batista. Não poderia ser um case melhor.
Resenha: “A Sociologia Histórica de Adam Smith”
Essa é uma resenha de um dos capítulos do livro "Adam Smith em Pequim" do ilustre sociólogo Giovanni Arrighi. No texto, o autor trata da lógica social que subjaz o pensamento smithiano, para então desenvolver como essa lógica se reproduz na economia chinesa da passagem do milênio. É um texto essencial para compreender o pensamento liberal hoje, assim como desvelar as dinâmicas longas de nosso tempo.